Gênero, meio ambiente e modos de vida da população do Parque Nacional do Jaú/Am.


Maria Jasylene Pena de Abreu 1


A presente pesquisa se propõe fazer um estudo sobre gênero e meio ambiente no Parque Nacional do Jaú (PNJ), no Estado do Amazonas. Teve como sujeitos homens e mulheres de diferentes gerações, que habitam duas das várias comunidades existentes no Parque. Para estudar as diferenças de gênero em relação às práticas laborais e a representação de meio ambiente, esta pesquisa utilizou o método etnográfico. Ao utilizar a categoria gênero discordamos da visão essencialista que procura relacionar mulher e natureza como geradoras de vida e coloca a mulher como aquela que tem capacidade natural para cuidar da natureza, sendo ambas subordinadas (ao poder masculino e à cultura). No intuito de romper com essa visão, temos a contribuição de autoras como Agarwal (1992), e Sorg (1992) que atribuem a participação das mulheres nas lutas em prol do meio ambiente à sua inserção no mundo público e não ao fato de serem elas essencialmente ligadas à natureza. É dentro da perspectiva, que todos são responsáveis pela degradação ambiental, que este trabalho se pauta, tentando compreender as relações de gênero e as visões de meio ambiente que se estabelecem no seio das comunidades do PNJ.


Gender, environment and life styles of the population in the National Park Jaú/Am.


Author: Maria Jasylene Pena de Abreu 2


This research is a gender and environmental study carried out in the National Park Jaú (PNJ), in the state of Amazonas, Brazil. The actors involved were men and women from different generations who live in two of the several communities in the Park. Ethnographic methods were used to study gender relations in terms of labour practices and environmental representations. The concept of Gender used in this study rejects essentialist arguments, which suggest that women have a symbiotic relationship with nature, due to their reproductive characteristics. This delegates women as natural custodians for nature, as both are subordinate to male and cultural power in a patriarchal society. Such arguments have been refuted by authors like Agarwal (1992) and Sorg (1992), who attribute women's participation in the struggle to preserve the environment as being due to their insertion in the public world and not due to their symbiotic relationship with nature. The tenets of this perspective imply that everybody is responsible for the degradation of the natural environment. As such, it was adapted in this study, which aims to understand gender relations and representations of the environment that have been establish in communities in the PNJ.


O Jaú, sua gente e seus modos de vida.


O Parque Nacional do Jaú (PNJ) é uma Unidade de Conservação (UC) criada em 1980, pelo decreto no. 85.200. É o maior Parque Nacional do Brasil, o segundo da América Latina, e em se tratando de florestas tropicais contínuas, o maior do mundo. Está situado a 200km de Manaus / Amazonas, na margem direita do rio Negro, abrangendo parte de dois municípios, Barcelos e Novo Airão. (FVA, 1999a).

A criação desta UC não considerou o fato da área ser habitada por antigos moradores, fator que trouxe sérios problemas, pois não havendo como remover as famílias do local, as atividades praticadas por elas se contrapunham aos interesses conservacionistas. Segundo a legislação brasileira, as terras destinadas às UC's são patrimônios da União, não podendo pertencer a posseiros, a particulares, ou ao Estado. Logo, o Jaú deve estar sob domínio e administração da União, através de seus órgãos competentes.

A lei é clara com relação à presença humana em Ucs de uso indireto, porém a realidade é outra na maioria das UC's da América do Sul. Segundo Oliveira (1999), em 86% delas existem moradores ocupando a área há séculos e sobrevivendo do uso dos recursos naturais. No PNJ a situação não foge à regra, a presença humana no local data de alguns séculos atrás. Rebelo (1994), Oliveira e Anderson, (1999), Porro, (1995), Jesus (1998) e outros fazem uma retrospectiva histórica da presença humana no local e, segundo eles, a ocupação humana é anterior ao período colonial, ou melhor, pode-se dizer que data de aproximadamente 2 mil anos atrás, pois existem nas proximidades da UC, pinturas rupestres e outros indicativos que o confirmam.

A população que habita o PNJ possui a característica da maioria da população interiorana do Amazonas, buscando sempre se estabelecer próxima às margens dos rios, facilitando assim a execução das atividades necessárias à sua subsistência.

A distribuição espacial dos habitantes ocorre de acordo com a facilidade de acesso aos recursos naturais e hoje, esses, na sua maioria, estão agrupados em comunidades, que surgem de acordo com as afinidades ou necessidades de cada grupo, sendo as mais comuns a questão do parentesco, dos apadrinhamentos, grupos de amigos e/ou de necessidades sociais e econômicas. Outro fator que influencia a formação comunitária é a questão da distância, pois geralmente no interior do Amazonas as casas dos moradores ficam distantes quilômetros uma das outras. O fato deles estarem organizados em comunidades faz com que fiquem mais próximos, facilitando assim o acesso à igreja, à escola, à partida de futebol e às outrasatividades comuns aos grupos.

Todas as comunidades possuem seus representantes, que se manifestam junto à administração do Parque e junto às autoridades competentes dos municípios para reivindicar o que for de interesse do grupo. Procuram se reunir também nas construções coletivas, para ajudar um membro do grupo, fazendo os chamados ajuris ou mutirões 3 para construir escolas, limpar áreas de lazer construir igrejas, capinar a roça ou construir a casa de um amigo que esteja necessitando.

O sistema educacional que, em termos gerais, apresenta-se deficiente em todo país, no meio rural em todo o Amazonas, onde o fator distância geográfica é acentuado, fica mais deficitário ainda. É pouco o número de escolas funcionando no Parque e este é um dos motivos que mais leva os moradores a formarem as comunidades. A participação das crianças na escola é um fator problemático, pois os filhos contribuem nas atividades laborais, uma vez que a agricultura e o extrativismo contam com a mão de obra familiar (Oliveira 1999).

O sistema de saúde, assim como o sistema educacional, apresenta problemas: o hospital mais próximo está na cidade de Novo Airão. Em função desta realidade, os moradores buscam alternativas nos conhecimentos tradicionais, no uso das ervas medicinais de que dispõe a floresta, na reza do rezador, nas mãos sábia da parteira, ou mesmo na orientação do padre e do pastor.

O conhecimento das atividades de subsistência, como a agricultura e o extrativismo, também foi e continua sendo transmitido às novas gerações. Os habitantes do PNJ buscam, nestas atividades laborais, a sobrevivência dos grupos domésticos, como faziam seus antepassados.

As atividades extrativistas exercidas pelos habitantes do Jaú representam parte de sua base econômica, onde o material extraído da fauna, da flora e da produção agrícola é comercializado pelo sistema de aviamento 4, como bem define a FVA (1999a):

"A utilização dos recursos naturais disponíveis no Parque Nacional do Jaú pela população local está vinculada à necessidade de subsistência do grupo doméstico. Ela se efetiva a partir do conhecimento do sistema ambiental, da sazonalidade, do preço de mercado, da disponibilidade dos recursos, da mão-de-obra, e se caracteriza como atividade extrativista " (p.150).

Além do extrativismo vegetal e animal, os moradores do Jaú utilizam, como fonte de renda e de alimento, a agricultura familiar. Usam, para tal, o sistema de pousio 5 que é um sistema característico das populações tradicionais do Amazonas e das unidades de produção familiar, onde a área de cultivo agrícola é regionalmente conhecida como roça. Pereira (1994) diz que o sistema de pousio garante a integração ecológica sustentável entre as atividades de roça e o uso dos recursos florestais, pois a prática empregada neste sistema é a de rotação, na qual os períodos de cultivo são alternados, conforme a disponibilidade da área.

Os produtores encontram várias dificuldades na hora de escoar a produção agrícola, sendo as mais comuns a questão da distância em relação ao mercado consumidor e a falta de condições para transportar a mercadoria. Em função dessa problemática, vêem-se obrigados a entregar seus produtos aos aviadores prática que persiste desde o tempo do colonialismo. Este tipo de negociação é marcada pela dependência financeira do produtor (Oliveira 1999 e Jesus 1999). Esta população enfrenta problemas como todas as pequenas populações dispostas pelo interior do Amazonas.

Foi com essa população que esta pesquisa foi realizada, buscando entender as relações de gênero e as representações de meio ambiente que permeia seu cotidiano. Para tal, buscou aporte no Método Etnográfico realizando entrevistas com pessoas de três gerações. Entrevistas que foram consideradas como depoimentos e histórias de vida.

A pesquisa foi desenvolvida em duas comunidades do Parque: Seringalzinho, no rio Jaú e Tapiíra no rio Unini. Em ambas, as entrevistas foram realizadas com homens e mulheres de diferentes gerações.

As relações de gênero no Jaú:

Pretende-se analisar as questões de gênero dentro da perspectiva,em que homens e mulheres são atores sociais que constróem suas histórias, mesmo que limitados pelas difíceis situações de subsistência a que estão submetidos. Histórias onde as relações são baseadas nas hierarquias, nos jogos de poder, nos estereótipos masculinos e femininos próprios de cada sociedade, mas onde os sujeitos fazem escolhas, buscam alternativas, usam estratégias para satisfazer desejos e para atingir objetivos.

Algumas pesquisas lidas, mais especificamente aquelas que tratam das questões de gênero no meio rural, mostram a divisão sexual do trabalho onde as atividades que requerem considerada força física, como as derrubadas das matas, a capina, a extração do látex e dos cipós, são atribuídas aos homens, enquanto às mulheres se destinam os serviços mais próximos da unidade doméstica, como o cuidado com os animais de pequeno porte, a limpeza e cuidado da casa, da família e da horta, serviços considerados leves nas representações dos trabalhadores/as. A participação das mulheres e das crianças na roça é considerada como uma ajuda aos serviços do pai, do marido.

Nos trabalhos de Lago (1983) e Welter (1999) foi ressaltado que os afazeres domésticos não eram considerados trabalho pelos sujeitos e, muitas vezes, quando se pergunta a uma mulher se ela trabalha, ela geralmente diz que não, que só cuida da casa, ou diz que só ajuda. Dificilmente coloca os serviços que realiza na roça ou na mata como um trabalho. Os informantes consideram trabalho, em geral, as atividades que geram renda.

Wortamnn (1996) e Wolff (1999 e 1998) ressaltam que, nos seringais do Acre, o trabalho se divide em dois campos: a mata, lugar tipicamente masculino, a casa e seus arredores, lugar tipicamente feminino. Franco (1997) enfatiza, no entanto, que há uma mobilidade muito grande na execução das tarefas do dia-a-dia, principalmente quando a família é composta por um número maior de mulheres. Oliveira e Anderson (1999) apontam algo semelhante. Na aplicação de um questionário cujo objetivo era realizar o censo e fazer um levantamento sócio-econômico dos habitantes do PNJ, elas observaram que a equipe era sempre recebida pelo "chefe" da casa, o "homem". Era este que respondia as perguntas (com exceção daquelas famílias em que a mulher era viúva ou não tinha um companheiro que se dispunha a recebê-las). Quando o assunto era a comercialização dos produtos, ficava nítido ser este um campo exclusivamente masculino. Essas autoras ressaltam que, com relação ao uso dos recursos naturais, há uma diferenciação por gênero, porém, quando as questões diziam respeito à constituição da família, número de filhos, idade, escolaridade, alimentação, os homens consultavam as mulheres.
Esta pesquisa encontrou muitos pontos semelhantes com os trabalhos citados, dentre eles a questão da mulher estar mais ligada ao campo doméstico e o homem à mata e à roça. Entretanto, o fato da mulher estar ligada ao campo doméstico não a impede de participar da roça e, embora algumas considerem esta atividade como ajuda, outras referem-se a esses serviços como um trabalho seu. As mulheres têm sempre uma dupla jornada: as atividades domésticas e os serviços do campo, porém dificilmente recebem o reconhecimento de sua produtividade.

Quanto aos homens, com exceção dos que não têm esposa, nenhum mencionou realizar qualquer serviço doméstico, porém isso não significa que vez por outra não os façam.

Essa participação nos trabalhos de casa e da roça foi freqüente na fala dos meninos, daqueles que foram considerados como terceira geração, porém, quando se referem à aprendizagem desses serviços surge uma diferença: os serviços da roça e o da pesca, foram aprendidos com o pai; os serviços do lar foram ensinados pela mãe, permanecendo a oposição entre o dentro e o fora.

Segundo Heilborn (1994), a socialização de meninas e meninos segue a lógica da divisão sexual do trabalho, que se constrói baseada na divisão binária, onde as contribuições de meninas e meninos nos afazeres domésticos são ordenados conforme o sexo. Para as meninas logo cedo é ensinado que os serviços da casa são de sua responsabilidade; quanto aos meninos, eles podem ajudar nas tarefas domésticas, mas não são obrigados. A análise de Heilborn foi com camadas médias no Rio de Janeiro, uma realidade adiversa à do Jaú, mas em relação a essa divisão sexual do trabalho, não há muita diferença. No Jaú, os meninos, em geral, não são obrigados a realizar os serviços domésticos, com exceção de alguns que a mãe obriga, ou dos que não têm mãe e moram só com o pai.

A divisão que envolve o trabalho também é pertinente à caça e à pesca, porém ela é menos acentuada do que em determinadas comunidades camponesas e pesqueiras do Brasil. Na Ilha de Santa Catarina, por exemplo, não é comum a mulher pescar, como pode se observar nos trabalhos de Lago (1983, 1996), Maluf (1993) e Rial (1988), onde a pescaria aparece como atividade tipicamente masculina. Os estudos realizados na região Amazônica apontam a participação da mulher tanto na caça como na pesca, sendo que as técnicas usadas são diferentes. Homens geralmente caçam animais de grande porte com armas de fogo, pescam com arcos e flechas, arpões e caniços; mulheres utilizam na pescaria apenas caniços e, com raras exceções, usam flechas. Dificilmente praticam a caça mas, quando isso acontece, em geral não usam armas de fogo, contam com a ajuda dos cachorros, ou levam um filho para que esse atire por elas.
Muitas vezes nas conversas ou nas entrevistas, quando questionadas se caçavam, um suspiro de espanto e um não imediato era a resposta. Algumas chegaram a dizer: "Deus me livre de dá um tiro", outras disseram "só com cachorro", mas com relação à pesca, todas afirmavam que pescavam.

Wortamnn (1976) diz que a produção econômica camponesa sem o apoio da mão de obra familiar torna-se inviável. No caso do Jaú, percebe-se isso com relação a qualquer atividade, sejam realizadas por mulheres, homens ou crianças, estejam relacionadas à caça, à pesca, ao extrativismo ou à roça - todos os serviços dependem do esforço conjunto.

As representações de meio ambiente:

De um modo geral, os informantes representam o meio ambiente de forma naturalista, antropocêntrica e relacional, conforme as categorias pensadas por Reigota (1997) e da Matta. Representam de forma naturalista quando, em suas falas, o ser humano aparece nas relações de forma dissonante: é aquele que depreda, que, se não acaba, faz com que os recursos naturais, a caça, o peixe, "diminua, fique arisco".

Outro ponto que pode ser observado nas falas apontando para essa visão naturalista, é quando pensam que parque mesmo é um local desabitado porque o homem/mulher nesses espaços são prejudiciais. São aqueles/as que "fazem vida com os bichos de vida". Coisa inconcebível, é como se a natureza tivesse vontade própria, e quando não se respeita essa vontade, vêm as conseqüências. É comum na fala dos moradores eles dizerem que amam a natureza pois sem ela não teriam, luz, sol, chuva, calor e que sem isso não poderiam viver. Dizem que gostam de morar ali porque não tem poluição e que tem muito medo daquele local acabar. Neste pensamento a natureza aparece como algo que se mantém sozinha, e o homem/mulher vai destruir esse mundo, que aparece meio como encantado.

Outra visão muito comum de natureza entre os moradores do PNJ é a visão antropocêntrica, onde o pensamento manifestado é de que eles podem explorar os recursos, pois são moradores/as do local. Nessa visão, os recursos naturais existem para suprir as necessidades do grupo, e se falam de preservação é porque a consideram como necessária à manutenção de sua subsistência. Ao grupo é permitido caçar, pescar etc., e os recursos são usados em seu benefício.
A representação relacional proposta por Da Matta, que busca em Dumont a concepção de englobador/englobado, aparece quando as falas revelam que Deus, que a tudo engloba, não permitirá que os recursos se acabem e que, se hoje enfrentam algum problema para conseguir alimento, é porque esse mesmo Deus que tudo providenciou avisou que "quanto mais pro fim do século aí que fica difícil".

Acredito que para os informantes é difícil sair dessa visão naturalista, antropocêntrica e relacional para uma mais abrangente. Eles/as não conseguem perceber toda a complexidade das relações e vêem que o que consideram problema não será solucionado com a simples implantação de leis que venham proteger a fauna e a flora local. Apesar de reclamarem dos que vêm de fora para depredar o ambiente natural, não percebem nas suas próprias ações, como as de jogar lixo no rio (resposta que muitos deram quando questionados sobre o que faziam com o lixo), que eles também estão contribuindo para a devastação. É claro que não podemos comparar suas ações e os danos que elas causam, com os danos causados pelos geleiros 6, piabeiros 7 e outros que entram nos rios com um único intuito, o de explorar os recursos naturais até sua exaustão. Mas é interessante notar que apesar de determinadas práticas, essa população luta contra aqueles que buscam a satisfação de suas necessidades econômicas extraindo a flora e a fauna e que não têm nenhum vínculo com o local. Preservar sem dúvida alguma é necessário, porém é preciso ver a que e a quem vai servir essa preservação.

Referências bibliográficas

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WOLFF. C. S. (1999). Mulheres da Floresta: uma história Alto Juruá, Acre (1890 - 1945). São Paulo: Hucitec.
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WORTMANN, E. F. (1996). "Família, mulher e meio ambiente no Seringal". XX Reunião da ANPOCS. Universidade de Brasília.

1 Pesquisadora-técnica da Fundação Vitória Amazônica. Coodenadoria Sócio-ambiental. Rua: R/S; Quadra Q: casa 7; Conj. Morada do Sol - Aleixo. CEP: 69060-80. Manaus/AM. E-mail jasy@fva.org.br

2 Technical Researcher and Socio-environmental Coordinator at the Vitória Amazônica Foundation. Rua: R/S; Quadra Q: casa 7; Conj. Morada do Sol - Aleixo. CEP: 69060-80. Manaus/AM. E-mail jasy@fva.org.br

3 Ajuri e mutirão são trabalhos realizados coletivamente, porém no ajuri, geralmente praticado nos trabalhos particulares, como construção de uma casa, quem convoca para o trabalho arca com as refeições para o grupo.

4 Cada seringueiro possuía um patrão a quem entregava sua produção e de quem recebia o equivalente em mercadorias industrializadas. Tal relação era extremamente desfavorável ao seringueiro, pois como o preço do produto sempre era inferior ao da mercadoria, o seringueiro sempre estava devendo ao patrão, o que o colocava numa situação de semi-escravidão.

5 Segundo o Plano de Manejo do PNJ, o sistema de aviamento tradicional desenvolveu-se no ciclo da borracha, sistema de pousio - sistema no qual os agricultores trabalham com dois ou mais campos: enquanto um produz, o(s) outro(s) se recupera (m) do desgaste causado pelo plantio anterior.

6 Barcos pesqueiros que pescam no local para abastecer os centros urbanos.

7 Barcos que pescam peixes ornamentais principalmente para exportação.