Maria Olívia de A. Ribeiro 2
Nidia Noemi Fabré 3
Vandick da Silva Batista 4
Andrea Viviana Waichman 5
Valdenei de Mello Parente 6

Resumo:

Amazônia tem assistido sucessivos "ciclos econômicos" apoiados por políticas públicas planejadas à distância e efetivadas por modelos desprovidos do conhecimento da realidade regional, promovendo a exploração e a apropriação indevida da biodiversidade e da sócio-diversidade amazônica. O manejo dos recursos naturais constitui um caminho para o desenvolvimento sustentável, envolvendo avaliação criteriosa dos ambientes naturais e aspectos sócio-econômicos das comunidades. Propostas de manejo serão sustentáveis se forem realizadas de forma participativa junto aos comunitários, seguindo diagnósticos etnoecológicos, avaliação das vocações, pré-disposições e entraves associados à proposta de manejo. O Diagnóstico Participativo Integrado (DPI), uma adaptação do Diagnóstico Rural Rápido e do Censo Comunitário, propõe a participação direta da sociedade envolvida, sendo um instrumento de diagnóstico e monitoramento a ser utilizado em todas as fases da co-gestão. O DPI envolve principalmente identificação do uso e dinâmica dos ecossistemas, levantamento de potencialidade e alternativas, definição de prioridades e de relações político institucionais dos usuários. A metodologia foi desenvolvida pelo Programa PYRÁ (Programa Integrado de Recursos Aquáticos e da Várzea) em uma área várzea piloto de Manacapuru, onde se pretende implementar um plano de manejo adaptativo, integrado e participativo para manutenção dos recursos naturais da várzea atrelado à melhoria da qualidade de vida das populações ribeirinhas.

1 Financiado por SUDAM, CNPq, IPAAM, PROExt-UA
2 Centro de Ciências do Ambiente. Universidade do Amazonas.
3 Departamento de Biologia. ICB. Universidade do Amazonas
4 Departamento de Ciências Pesqueiras. FCA. Universidade do Amazonas
5 Departamento de Ciências Pesqueiras. FCA. Universidade do Amazonas
6 Departamento de Economia e Análise. Universidade do Amazonas.